https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2022/06/22/juiza-que-negou-aborto-de-menina-estuprada-diz-que-nao-e-contra-aborto.htm
Ela rebateu as críticas que tem sofrido e disse que não quer expor a menina. “Por coerência, eu prefiro que me acusem de tudo quanto é coisa, mas a menina esteja preservada. É muita covardia eu querer me defender, eu tenho mil coisas para me defender, mas é muito covarde eu tentar me defender e expor a menina, a mãe da menina, a família. Então eu prefiro aguentar sozinha essa pressão”.
Joana diz que corre “risco de vida” e não quer dar gastos adicionais para o tribunal em relação a isso, como, por exemplo, guarda-costas para a segurança dela. “Tem outra questão que é a segurança institucional de que os meus dados já foram quebrados e eu já corro risco de vida. Então, tem mais uma responsabilidade de não gerar um custo para o tribunal de ter que colocar seguranças, tem mais isso. Não posso sair falando por aí e o tribunal ter de ficar sustentando guarda-costas”.
Desde 2004 atuando na área da Infância e Juventude, ela se diz “tranquila” quanto ao processo da Corregedoria-Geral que apura a conduta dela. “A Corregedoria vai instaurar o procedimento, eu vou fazer a defesa. Mas, se eu ficar dando muitas entrevistas, vou acabar expondo a menina e eu que sou a adulta do caso, então o adulto aguenta as consequências. Quando eu escolhi essa profissão, eu sabia que era um sacerdócio. Não é uma profissão que você possa sair se expondo”.